segunda-feira, 11 de julho de 2011

Modismos invadem a igreja

A sociedade contemporânea, mergulhada na concupiscência da carne e seus prazeres, já atingiram o mais baixo nível de degradação moral. Nela, a conduta ética, sufocada pelo amoral, tomou-se invirtude, ao passo que alguns valores estéticos se traduzem pelo sensual, numa premiação à indecên¬cia e incentivo à lascívia.

Observe-se a mídia através de suas diversas for¬mas e fins. Tomando como exemplo a maioria dos programas de auditório dirigidos ao público em ge¬ral, bem como as novelas levadas ao ar em qualquer horário, constatamos a avalanche de mensagens destrutivas dos valores humanos e, principalmente, da família. Em face a tal realidade, como procederá a Igreja atual diante de tão grande desafio? Deverá ela assimilar práticas usuais da decadente sociedade atu¬al? A Bíblia - única fonte de ensino acerca da Igreja, sua estrutura, objetivos e conduta - elimina qualquer dúvida quanto ao que lhe é devido ou indevido.

É imperativo, entretanto, com¬preender-se que a Igreja é um or¬ganismo vivo de natureza espiri¬tual, motivo pelo qual somente pela ação do Espírito discernem-se os seus mistérios, pois consubstancia-¬se no propósito divino de manter para si um povo santo (1 Co 2.12,13; I Pd 1.15-16 e Ts 4.7).

O Senhor Jesus a amou e por ela se entregou para a santificar, purificando-a com a lavagem da água pela Palavra, para apresentá-la a si mesmo Igreja gloriosa, sem mácula ou ruga, mas santa e irrepreensível (Ef 5.26,27). Como propriedade do Senhor Jesus - sua pedra básica e cabeça- é consoli¬dada sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas tal qual edifício bem ajus¬tado. Ela cresce como Templo do Senhor através do seu corpo, o Corpo de Cristo, formado pelos crentes fiéis intrinsecamente constituídos para morada de Deus em Espírito. Estes são o sal da terra e a luz do mundo (Mt 16.18; 5.13,14 e Ef 2.19-22; 5.23). Em meio a este mundo tenebroso, com o qual não tem nenhum vínculo espiritual, seus membros fiéis vi¬vem pela fé em Cristo e na esperança do porvir. Sua alegria não é outra, senão a certeza da vitória que lhe foi assegurada no calvário. Santidade é a sua identidade com o seu Salvador e Senhor.

Adoração e louvor, juntamente com a Palavra de Deus, compõem os elementos essenciais do culto a Deus, que somente o aceita quando este lhe é oferecido em espírito e em verdade, com singeleza de coração e transparência espiritual (Jo 4.24).

A missão tríplice da Igreja na Terra é: 1) Evangelizar - levar a mensagem do Evangelho a todo o mundo; 2) Batizar - tomar membros de seu corpo aqueles que pela fé abraçam o Evangelho; e 3) Doutrinar, discipular - ensinar a estes guarda¬rem as verdades do Evangelho (Mc 16.15 e Mt 28.19,20). Daí, os dias atuais, tormentosos e maus, exigirem cuidados vitais para que esta santa e divi¬na instituição - a Igreja do Senhor - não venha a sofrer danos espirituais que possam enodoá-la, pe¬los respingos das impurezas que do mundo provém.

Se nos primórdios o Inimigo a feria fisicamen¬te, apedrejando templos e maltratando fiéis, hoje a perseguição é sorrateira e penetrante, inspirando o mundanismo e inoculando a carnalidade. Antes, fora dos muros, ataques físicos. Agora, dentro dos muros, incursões espirituais. O falseamento dos conceitos de santificação e de separação do mun¬do constitui um perigo para a conduta doutrinária da Igreja, pois suas nefastas conseqüências já se fazem refletir na deformação da devoção e da adoração a Deus, numa escalada precipitada em dire¬ção ao abstrato e amorfo, num paralelismo indisfarçável com o mundo, que, sem o conheci¬mento de Deus e descompromissado com a sua Palavra, deteriora-se. Hábitos pertinentes à cultura social secular e mundana, que somente tinham lugar nos clubes, teatros e casas de shows, agora já encontram lugar ativo em algumas "agremiações evangélicas".

Aplauso para Jesus é uma atitude tola e vazia, ma vez que o Senhor, na excelência da sua divindade, não pode ser confundido ou parodiado com mundanos nem o templo comparado a uma casa de shows. Tal procedimento às vezes é imposto ao auditório sob coação psicológica, induzindo os neófitos ao erro e constrangendo os fiéis. Muitos justificam-se respaldados no Salmo 47. (É preciso, entretanto, a compreensão de que inúmeros fatos bíblicos históricos sobre o povo de Israel emanavam da sua então estrutura teocrática, onde o cívico) e os religiosos se entrelaçavam. Mas, na liturgia cristã, o Novo Testamento não compreende essa e outras práticas, haja vista a mudança da Páscoa para a Santa Ceia ( Ex 12.1-14 e Mt 26.17-30).

Os grupos coreográficos, instituídos para “danças litúrgicas” a pretexto de “realçar” a mensagem do “louvor”, fazem lembrar, em muito, um momento do teatro francês do século 19, quando, num estilo impudico, encenava, através de expressões cor¬porais e mensagens musicais, o que acontecia no cenário moral da época. Importado da Europa, é, até hoje, no Brasil, praticado nos teatros de revista e nas casas de shows. Basta observar-se alguns pro¬gramas de auditório dirigidos ao público infanto-juvenil e concluir-se-á quão pernicioso é imitar o que existe de sensual e maligno no seu objetivo.

Estão equivocados os que se baseiam na "dan¬ça de Miriã". O fato narrado em Êxodo 15.20,21 não constitui norma de conduta para o culto cris¬tão e suas formas. Se assim fosse, o próprio Se¬nhor Jesus tê-lo-ia instituído para a sua Igreja ou o Espírito Santo fá-lo-ia por meio dos apóstolos. As músicas mundanas, proliferadas como pragas da¬ninhas e produzidas pelos interesses inescrupulosos do mercado fonográfico "evangélico", ocupam, ora nas apresentações pessoais, ora em conjunto, uma grande parte do tempo devido ao culto, roubando inúmeras vezes o espaço que deveria ser destinado à mensagem da Palavra.

Seus ritmos e arranjos constituem verdadeira afronta ao louvor sacro. Não se pode ignorar o plágio indevido e até criminoso de algumas músicas munda¬nas, nas quais a poesia carnal é substi¬tuída por inócuas letras destituídas de mensagens espirituais que, por nada conterem, nada falam. Alie-se a esse vazio espiritual o entulhamento com o chamado "momento de louvor”, em que o auditório se vê obrigado a manter-se de pé por longo e cansativo tempo, ba¬lançando o corpo, acenando com os bra¬ços e cantando frivolidades. E isso, via de regra, acompanhado por instrumen¬tos estridentes, desafinados e mal exe¬cutados, num volume de som em nível ensurdecedor, num indefensável teste¬munho de mau gosto e total ausência de solenidade e reverência.

Originalmente pura e de uma beleza singela, a liturgia hoje, em muitos casos, deixa perplexos e entristecidos os crentes antigos e no desconhecimen¬to do correto os novos convertidos. Todavia é confortante saber que a legítima, prudente e santa noiva do Cordeiro está atenta aos cuidados que deve empreender para precaver-se de qualquer tipo de contaminação. Ela sabe que não pode aceitar nem se conformar com o que de perverso há no mundo (Rm 12.2).

Atentando-se para a oração de Jesus em favor dos seus discípulos e da sua Igreja (Jo 17), certa¬mente fechar-se-ão as portas para que Satanás não venha com o seu espírito de mentira a escarnecer dos crentes, induzindo-os a profanar o santuário de Deus e jactar-se na aparência do mal (I Ts 4.1-¬8; 5.22-23). As palavras do Mestre são vivas e eter¬nas: "A minha casa será chamada Casa de Oração", MTt 21.13, e "as portas do inferno não prevalece¬rão contra ela", Mt 16.18.

A SECULARIZAÇÃO DA IGREJA

2 TM 2.14-23,26.
Introdução
O grande desafio que a Igreja enfrenta, nestes dias que precedem a volta de Cristo. é a pressão e o engodo do secularismo sobre ela . Ainfluencia do modernismo que se manifesta em forma de apelo, fasníscio, mistura prazer e imitação, resulta em perda de valores e virtudes cristãs, no enfraquecimento e estagnação da Igreja. Nesse estado, a Igreja tornna-se uma mera organização eclesiástica, sem vida e sem o poder do Espírito Santo. Os fundamento da fé se abalam e por fim desabam. Nos mais diferentes lugares percebem-se que a sutil e crescente infiltração do mundanismo na Igreja sob a forma de conceitos, comportamentos e práticas anticristã.
Esta lição trata dessas manifestações cada vez mais evidentes, conhecida como secularização ou mundanização da Igreja. Entretanto, nada mais são do que um desvio da verdade, com advertiu Paulo a Timóteo sobre aqueles que contendem para perverter a fé dos ouvintes (v, 14)
I. A secularização na Igreja.

1. O que é Secularização
A secularização da Igreja é o modo como esta vive, age e a comoda-se aos padrões do mundo. Daí perverte-se os ensinos bíblicos, abandona-se o que é santo, utiliza-se a fé com fins escusos e se adotam idéias contrárias á doutrina cristã. E, de repente, a santidade do Espírito, alma e corpo não tem mais tanta importância; Assim, dizem os desviados secularistas: O que importa na pessoa é o coração’’. A expressão “falatórios profanos”, da leitura bíblica em classe, identifica esse comportamento como fonte da impiedade no meio da Igreja (v, 16). Contexto da referida passagem, vê-se que os falsos mestres tinham pervertido a doutrinada ressurreição, como se esta fosse um fato já consumado (v.18),e não uma esperança que se concretizará no dia do arrebatamento da Igreja . Muitos se declararam cristãos, mas não são de cristo (MT 7,21-23; Fp 3.18,19). Isto é secularismo.

O secularismo torce ardilosamente a verdade de Deus e busca tornar a Igreja uma instituição corrompida e secularizada, adotandando os costumes e modos de viver do mundo em todas as suas esferas: na família, no emprego, na escola, no lazer e em muitíssimas outras atividades e empreendimento humano.
II- As conseqüenciais da secularização na Igreja

1 Aperda de identidade.
Aprimeira conseqüência da secularização da Igreja é a perda da identidade do crente uma vez que a Igreja somos eu e você, regatados que fomos por cristo para sermos um povo peculiar. Os emissários do diabo transvertidos de bons religiosos seguem a mesma linha e não se furtam de usar linguagem astucioso-ecumênica, para ser mais preciso-buscando defender a multiplicidade religiosa, a qual nada mais é do que a repetição da velha idéia de que todos os caminhos levam a Deus”. Nesses emaranhado, a identidade cristocêntrica é prejudicada (MT, 7,21-23).

2 Valorização da forma ao invés do conteúdo

“Alegando “atividade cultural” e folclórica” há templo evangélicos em cujos pátios vê-se roda de capoeira e ensaios de bloco carnavalesco, enquanto no santuário, no chamado“Louvozão”, entram em cena os“trenzinhos” e outras abominações. Aliguagem mântrica (No hinduísmo, refe-se ás formas encantatorias que bucam, por meio da invocação, materializar uma divindade. No texto, corresponde ás expressões, chavões, e linguagem de teor psicológico e espiritual que procuram emocionar a congregação e colocar em transe). está sendo empregada pelos “animadores de cultos” e até elementos do judaísmo a parecem em conjuntos com liturgias cristãs. É a secularização do culto evangélico para agradar os que rejeitam os preceitos normativos de vida. Revelados pelas Escrituras. Isto significa valorizar a forma em detrimento do conteúdo.

3 INEXISTÊNCIA DE COMPROMISSO BÍBLICO.
É a terceira lastimável conseqüência. Enquanto a reforma protestante recolocou as Sagradas Escrituras no seu lugar de autoridade e honra, o secularismo na Igreja faz da palavra um mero acessório. A melhor pregação, hoje em certos auditórios (o termo “Igreja” esta sendo evitado por (eles). Não é expositiva.
Que prima pela exegese no desenvolvimento da mensagem da parte do Senhor. O que mais se ouve são frases de efeito, mas sem conteúdo para a alma. Podem causa até emoção, no entanto, não falam a razão e ao entendimento do ouvinte. Ver 1 co 14,20. São palavrórios (Conjunto de palavra de pouco ou nenhum nexo e importância; palavreado). Incoerentes, a respeito dos quais a bíblia nos adverte como nos versículos 14, 15, 17, 23,24 da lição de hoje. É pregação descartável. O certo é jogá-la fora. São muito os que, nestes tempos de conformação da Igreja com o mundo, de modernismo eclesiástico, de entrosamento da carne entre os crentes e de esfriamento espiritual, saem do culto decepcionados e clamando em espírito “aviva ó Senhor a tua obra” (HC 3.2). Esse avivamento espiritual deve começar por nós individualmente,,como clamou Davi no salmos 119.107: “Estou aflitíssimo;vívifivaca-me, ó SENHOR, SEGUNDO A TUA PALAVRA”

III O COMBATE A SECULARIZAÇÃO NA IGREJA

1. PÔR EM PRÁTICA O PROMADO DA PALAVRA.

Primazia total da palavra, em tudo na Igreja. Todos os crentes devem pelejar por isso. O texto bíblico da leitura em classe é incisivo: o obreiro precisa manejar bem a palavra da verdade (v 15). A expressão “manejar bem “é no original: cortar em linha reta; corretamente, no sentido de ensinar a verdade bíblica de forma direta e correta. Apalavra deve ser ministrada ao povo a tempo e fora de tempo (At. 6,4; 8.25 11, 1,12. 24; Ts 3.1). Só na primazia da palavra em tudo, e igualmente a sua valorização púlpito, na congregação e na vida particular de cada um, pode conter o avanço da secularização da Igreja .

2. Priorizar e Manter Sempre o Fundamento do Evangelho

Não podemos perder de vista a grande verdade da fé: O fundamento do Evangelho é inalterável. Paulo (ressalta na segunda carta a Timóteo três características deste alicerce: a) O Senhor conhecer os que são seus; b) aqueles que lhes pertencem confessam o nome de Cristo os servos fiés a partam-se da iniqüidade (2 .19). Esses são considerados vasos de honra para á glória de Deus (vv20, 21), todavia, mesmo a queles têm sido instrumento para o desonra, descritos como vasos de madeira e de barro, são chamados ao arrependimento, a fim de não sirvam mais ao mundo, desprenda-se dos laços do Diabo e voltem á verdade do evangelho (vv24-26).
Conclusão
Obreiro em geral, Pastores, dirigentes de Igreja, líderes da Igreja e todos os crentes: fechemos as portas á maléfica e traiçoeira secularização. Priorizemos o Primado da palavra de Deus na Igreja e principalmente em nossas vidas em particular, sejamos vigilantes e contra as sutilezas malignas que tentam introduzi-se no meio dos fiés e valorizemos os princípios bíblicos em nossa v9ida como uma forma de conter o mundanismo na Igreja do Senhor, nos últimos dias.