sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

A Igreja Perfeita


 A Igreja Perfeita

As pessoas em nossa cultura, orientadas pelo consumo, estão procurando pela igreja perfeita (aquela que preenche cada necessidade e não faz exigências). Muitos pensam que todos os membros do corpo de Cristo deveriam ser perfeitos. A verdade é que a igreja não é feita de pessoas perfeitas, mas das transformadas; assim, não é para os que já têm tudo, mas para aqueles que se renderam a Cristo, para serem transformados à sua semelhança.O que a Igreja Deveria Ser Nenhuma igreja é perfeita; contudo, algumas estão mais próximas do ideal do que outras. A igreja em Tessalônica estava nessa categoria. Ao menos, quatro vezes nesta carta, Paulo deu graças pela igreja e pela maneira com que esta respondeu a seu ministério (1:2; 2:13; 3:9; 5:18). O que tornou Paulo tão grato pela igreja tessalonicense? O que podemos aprender com esta epístola?Um Povo Eleito A palavra igreja, no versículo um, significa "um povo chamado". Como igreja, somos um povo chamado em meio às pessoas deste mundo. Esse chamado indica nossa eleição por Deus à salvação a ser usado para cumprir nosso propósito de glorificá-lo.
Como Paulo sabia que estes tessalonicenses eram eleitos por Deus? Ele viu os resultados da escolha divina que envolvia uma mudança na vida deles. A pessoa que alega ser um dos eleitos de Deus, mas cuja vida não foi transformada, está apenas enganando a si mesma. Aqueles a quem Deus escolhe, Ele transforma.
Uma igreja deve ser composta de pessoas eleitas, salvas pela graça de Deus. Um problema hoje é a presença de pessoas cujos nomes podem estar no rol de membros, mas não aparecem escritos no Livro da Vida do Cordeiro. Todo membro deve examinar seu coração para determinar se verdadeiramente nasceu de novo e pertence aos eleitos de Deus. A verdadeira salvação produz frutos.
Um Povo Exemplar
Houve exemplos em várias áreas da vida, em que Paulo observou que aquele povo andava com Cristo de modo exemplar: Eles receberam a Palavra (v. 5). O Evangelho veio a eles pelo ministério de Paulo e seus associados. O Espírito Santo usou a Palavra em grande poder, e os tessalonicenses responderam, recebendo a mensagem e os mensageiros. Eles discerniram a autenticidade dos mensageiros divinos e da verdade que estes pregavam.
 
Eles seguiam seus líderes espirituais (v. 6). A palavra "seguidores", na verdade, significa "imitadores". Estes novos crentes não apenas aceitaram a mensagem e os mensageiros, como também imitaram a vida de seus líderes. Quantos de nós queremos imitar a vida dos nossos pastores? Quantos consideramos importante escutar, orar e imitar nossos líderes eclesiásticos? É importante que novos cristãos aprendam com líderes maduros da igreja. Assim como um recém-nascido precisa de uma família, um novo cristão precisa da igreja local e de seus líderes.

Eles sofreram por Cristo (v. 6). Ao se afastarem dos ídolos para servirem a Deus, estes crentes irritaram seus amigos e parentes. Isso levou à perseguição. Sem dúvida, alguns perderam seus trabalhos, alguns relacionamentos e amizades por causa da nova fé. Quando o Evangelho transforma-nos, podemos sofrer ao perder "coisas" e pessoas que costumávamos gostar ou desfrutar da presença. Contudo, Deus nos trará uma nova alegria e paz.

Eles encorajavam outras igrejas (v. 7). Os cristãos (e as igrejas) ou encorajavam, ou desencorajavam uns aos outros. Paulo usou as igrejas da Macedônia para estimular a igreja em Corinto. Ainda que fossem novos crentes, os tessalonicenses deram um bom exemplo que encorajou as igrejas das redondezas. De todas as maneiras, a de Tessalônica foi exemplar. O segredo era encontrado em sua transformação por intermédio do Evangelho, o verdadeiro motivador espiritual da vida cristã. Um Povo Entusiástico
Sua "obra de fé e trabalho de amor" expressou-se em seu compartilhar do Evangelho com os outros. Eles eram receptores e transmissores. Cada crente e cada igreja deve receber e transmitir a Palavra de Deus. O verbo grego "soou" significa "soar como uma trombeta". Eles estavam espalhando como o som de uma trombeta as Boas-novas da salvação. Cada igreja tem a responsabilidade e o privilégio de compartilhar a mensagem de salvação com o mundo.
Muitas congregações contentam-se em pagar uma equipe para testemunhar e ganhar almas. Mas, nas igrejas do Novo Testamento, toda a congregação estava envolvida em compartilhar as Boas-novas (Atos 2:44-47; 5:42). Isso acontece quando as pessoas compartilham suas vidas transformadas pelo Evangelho em seu contexto diário (trabalho, atividades, escola, etc.).
Um Povo Esperançoso
Paulo relacionou a segunda vinda de Cristo à salvação deles, porque confiaram em Cristo, esperavam seu retorno com jubilosa expectativa e sabiam que seriam livres "da ira futura" (v. 10).
Contudo, até que nosso Senhor venha novamente, encontramo-nos esperando. A palavra grega traduzida como "esperar", no versículo 10, significa "aguardar alguém com paciência e confiança, com expectativa". A ação envolve atividade e persistência; quer dizer que esta espera deve ser ativa. Alguns crentes tessalonicenses deixaram seus trabalhos e tornaram-se desocupados e inoportunos, argumentando que o Senhor viria logo. Mas, se realmente cremos que o Senhor está vindo, provaremos nossa fé mantendo-nos ocupados e obedecendo à sua palavra.
É incrível como a "salvação" faz com que alguns cristãos tornem-se preguiçosos. Em minha loja, tínhamos um funcionário que batia o cartão na entrada; toda a noite, ele achava um lugar para se esconder e esperava até que fosse a hora de sair. Ele foi pago por um mês para não fazer nada, até que alguém descobriu seu esquema. Quantos, na igreja, seriam despedidos se o Senhor necessitasse decidir entre os que são ativos em sua expectativa e aqueles que não fazem nada?
Vidro de Aquário Manchado
Como cristãos, vivemos em um aquário espiritual. O que as pessoas veem quando olham para nós? Estamos vivendo de acordo com a Palavra preciosa? Eles podem ver que ser cristão não se trata de ser perfeito, mas de ser transformado? Não é questão de tentar mais, mas de render-se mais. Não é ser religioso, mas ser transparente em nossa vida. Queremos que vejam como os cristãos vivem, como lidam com as finanças, como vivem o matrimônio, como se relacionam com seus filhos e como enfrentam os problemas da vida.
Tessalônica era uma igreja que percebeu estar sendo vigiada. Ela deu aos espectadores um desempenho e tanto, e sua reputação espalhou-se. Você está pronto para deixar que as pessoas vejam como vive? Qual é a reputação de sua igreja na comunidade? O mundo precisa ver que há uma diferença no modo como a igreja e o mundo vivem.
 Reflitam ,examinem as escrituras e vejam quem são dignos de servi como referencia para nós e nossos familiares. um forte abraço de seu irmão em cristo.Dc.Edson Silva.



  
 Se você encontrar a igreja perfeita, sem mancha, nem chaga, pelo amor de Deus, não se junte a ela! Pois não será mais perfeita. Se encontrar a igreja perfeita, na qual toda a ansiedade tenha cessado, passe longe para que não se junte a ela e estrague a obra-prima. Enfim, já que uma igreja perfeita não existe, com mulheres e homens perfeitos, paremos de procurá-la e comecemos a amar a igreja em que estamos.
                                                           (Autor desconhecido).
               

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012


A VERDADEIRA PROSPERIDADE CRISTÃ.


Prosperidade cristã é fundamentada em três princípios:

1) responsabilidade social: é preciso que a Igreja produza cristãos com uma fé cidadã, ou seja, uma fé que responda às necessidades dos seres humanos no mundo, uma fé que enxergue a fome, a pobreza, a destruição da vida pelas guerras, que reconheça a destruição do planeta e que tenha, acima de tudo, o compromisso com a vida, a vida em abundância que Cristo prometeu, não produzida para a vaidade, mas sim na essência do Evangelho, que é o amor ao próximo, e isso vem totalmente contrário à teologia da prosperidade, pois nela a verdadeira essência está no Eu, produzido na cegueira e na busca desenfreada dos tesouros deste mundo;


2) responsabilidade com o Reino de Deus: essa responsabilidade é de todos aqueles que reconhecem no mundo seu verdadeiro papel como membros de uma Igreja, que deve responder ao clamor do mundo em suas necessidades essenciais, que são salvação, libertação do pecado e transformação do caráter de todo aquele e aquela que se coloca diante de Deus, e tem sua vida transformada de dentro para fora, através do Evangelho de Cristo Jesus. Essa transformação não é para os deleites, mas sim para que o Reino de Deus seja estendido ao mundo, provocando nele transformações de vidas. Esse é o papel dos políticos, dos professores, dos líderes, ou seja, de cada cristão: ser sal e luz para o mundo que caminha em trevas;
3) responsabilidade com a verdadeira missão da Igreja: amar os seres humanos como Deus nos amou, pois o texto áureo da Bíblia nos diz que Deus amou o mundo de tal maneira, que enviou Seu Filho para que o que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Essa é a mensagem central do verdadeiro Evangelho de Cristo, e essa é a boa-nova da Igreja para o mundo.
E essa é nossa bandeira, é a nossa teologia, que prega a soberania de Deus, contrária e acima de toda vontade humana. Podemos ser chamados de “filhos do diabo” ou até mesmo de “fariseus”, como já fomos chamados por uma multidão na Marcha para Jesus de 2010, mas temos a consciência de que lutamos contra a realidade do mundo, pois lutamos pela liberdade moral, pois não somos escravos do pecado e nem escravos das leis humanas.
Sabemos que incomodamos, mas incomodamos pois não somos levados por qualquer vento de doutrina. Não nos deixamos sucumbir pelas vaidades do mundo, pelos tesouros dessa terra, motivados por ouro e prata desse mundo. Não nos deixamos influenciar por jatinhos, carros importados, roupas de grife, mansões e toda a pompa que os tesouros desse mundo podem dar. Somos proclamadores da Igreja invisível de Cristo Jesus, que está além dos tesouros dessa terra.
Somos a voz que clama no deserto, que clama alto “raça de víboras, arrependei-vos, pois vos é chegado o Reino dos céus”. Essa é a mensagem de todos e todas que crêem no Evangelho puro e simples.
Realmente, eu creio que o Justo Juiz julgará a todos, e é nisso que meu coração crê, que muito em breve, todos e todas daremos conta de cada palavra.
“… onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade.” – 2 Co 3.17


Paulo Siqueira http://pedrasclamam.wordpress.com/

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

A verdadeira vitória

Estou em uma competição,
E o pódio da vitória está esperando,
Vou insistindo para prevalecer,
Pois o Senhor é a minha inspirarão,
E quando passar todos os obstáculos,
O paraíso celeste anunciará: é campeão!!!
Ganharei do Senhor dos senhores a medalha,
E perpetuamente o louvarei,
Estou em uma corrida,
E o sabor do triunfo está na frente,
Vou perseverando para vencer,
Pois o Senhor é a minha força,
E quando cruzar a linha de chegada,
O céu glorioso declarará: é campeão,
Receberei do Rei dos reis a coroa,
E eternamente o adorarei.

Nós muitas vezes nos preocupamos sempre em vencer, mas a  vitória nem sempre é do mais rápido, a  verdadeira vitória vem do alto.   

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

A Intolerância dos Intolerântes.

  A Intolerância dos Intolerântes.


Há algum tempo recebi o convite para participar de um programa de debates, recém iniciado pela MTV onde abordariam a questão do homossexualismo. Aceitei o convite com certa hesitação. Minha paixão pela polêmica, porém, me impediu de dizer não. Nos bastidores, antes de ir ao ar, percebi que seria minoria mais uma vez (embora seja pentecostal e corintiano). Sentei-me à mesa, rodeado por um “drag queen” e uma ativa militante do movimento lésbico. Mal o programa começou e já se percebia claramente que ele visava uma apologia do homossexualismo (ou homossexualidade, como querem os politicamente corretos). Cada um dos mais de quinze painelistas se revezava em defender a prática homossexual como uma questão de preferência e não de ética. Finalmente, a apresentadora do programa perguntou minha opinião.
Pausadamente, procurando me esquivar da pecha de fundamentalista e homofóbico, expus o que penso ser um consenso do pensamento evangélico: “Cremos em um Deus criador e preservador de todo o universo. Ele, além de possuir pessoalidade, preocupa-se com a felicidade de toda a sua criação. Dele provém uma lei moral que fornece os parâmetros do comportamento humano e por ser exterior a nós, não se molda às nossas preferências.” “De acordo com essa lei moral,” continuei com o mesmo tom de voz, “nós evangélicos, entendemos o homossexualismo como um pecado, uma perversão moral.” Bastaram essas palavras. O tempo fechou. Quase todos ao redor da mesa falavam, cada qual subindo um pouco seu tom de voz. Alguns, quase que descontrolados, proferiam palavrões. Sarcasticamente, confesso, perguntei: “Afinal de contas esse espaço não é plural? Por que não posso manifestar meu ponto de vista, assim como os senhores expõem os seus? Se vocês pregam a tolerância, porque tanta intolerância ao meu ponto de vista?” Meu sarcasmo não deu resultado. Cada vez que tentava falar, me abafavam aos gritos.

A modernidade sempre se gabou de respeitar os diferentes. Voltaire, arauto do Iluminismo, dizia: “Devemos tolerar-nos mutuamente, porque somos todos fracos, inconseqüentes, sujeitos à mutabilidade, ao erro. Um caniço vergado pelo vento sobre a lama porventura dirá ao caniço vizinho, vergado em sentido contrário: ‘Rasteja a meu modo, miserável, ou farei um requerimento para que te arranquem e te queimem’?” Por que mesmo anunciando o respeito à opinião do outro, a Modernidade patrocinou a Revolução Francesa? Por que o estado marxista promoveu o expurgo de Stalin? Por que na Alemanha, berço dos maiores filósofos e teólogos, aconteceu o Holocausto? Se a modernidade é tão tolerante com o diferente, por que tanta intolerância?
Entendamos um pouco da Modernidade. Primeiro, ela valorizava o método. A tolerância para com a razão, para a prova “irrefutável”, tornou-se desnecessária. Sponville afirma: “Quando a verdade é conhecida com certeza, a tolerância não tem objeto.” Ele e todos os filósofos da modernidade crêem que os cientistas necessitam não de tolerância, mas de liberdade. Os fatos, provenientes da observação empírica, impõem-se. Refutá-los é negar a razão. Como a ciência não depende de opiniões, ela não necessita de tolerância, mas de respeito. Depois, a Modernidade também é naturalista. Só trabalha com um sistema fechado em que matéria, energia, tempo e chance são as únicas variáveis consideradas.

 Portanto, verdade deve ficar contida nesses elementos. Como filosofar, é pensar sem provas, e provar faz parte do paradigma da Modernidade, a filosofia (também a teologia) é tolerada desde que obedeça as regras da abordagem científica e naturalista. Nesse sistema, somente os céticos ao transcendente como Hume e Bultmann recebem qualquer reconhecimento. O resto é descartado como irrelevante. Terceiro, a Modernidade é universalista. Aceita que seus achados transcendem ao tempo e ao espaço. Devido a essa visão é que a modernidade, de acordo com D. A Carlson, adotou a dialética Marxista da história, a teoria Hegeliana do espírito universal, a visão pós-Iluminista do progresso e a teologia liberal que aceita como factível apenas o que é julgado racional e “científico”. Aqueles que se recusarem à ditadura da Modernidade, são imediatamente rotulados: medievais, supersticiosos, reacionários. A tolerância da Modernidade se restringe aos limites impostos por ela; quem fugir deles percebe rapidamente sua intransigência. Mas, voltemos ao programa da MTV.

Por que tanta intolerância à ética judeu-cristã? Por que tanto incômodo à cosmovisão religiosa? O problema reside nos pressupostos transcendentais. O cristianismo baseia-se na revelação de uma lei moral, outorgada por um Deus que não pode ser definido como parte de minha humanidade (humanismo), reduzido a uma energia (naturalismo) ou mera projeção mítica (neurose freudiana). A premissa cristã que propõe a revelação do transcendente como um valor epistemológico, bate de frente com a modernidade. O cristão sabe que sabe por revelação. Pedro já asseverava no primeiro século: “Porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens [santos] falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo” (2 Pe 1.20). Na Modernidade, a verdade religiosa não é factível, é questão de opinião. Nunca ninguém está absolutamente certo sobre os assuntos espirituais. Portanto, religião não pode participar do debate público; deve manter-se reduzida à arena dos juízos; não é demonstrável nem refutável.
A revelação da lei moral de Deus, caso aceita, obrigaria as pessoas a obedecê-la, acabando com a noção de preferência. A Modernidade propõe que a lei moral seja uma construção humana, restrita à cultura e ao tempo de sua elaboração; caso aceitasse que provém de Deus, reconheceria que todos, em todas as épocas, deveriam obedecê-la.

Sponville diz que uma ditadura imposta pela força é um despotismo; se ela se impõe pela ideologia, um totalitarismo. O problema da Modernidade é que, mesmo sem querer, vem se tornando cada dia mais déspota e totalitária. Não somente rechaça os valores da ética cristã, como tenta forçar seus pressupostos como únicas opções válidas, por serem cientificamente irrefutáveis. O homossexualismo, por exemplo, é hoje discutido como uma questão de mutação do código genético, descartando a moral. Os militantes gays conseguiram manter o debate no nível “científico”. Nessa esfera, basta provar uma alteração nos genes e está tudo resolvido: O homossexual foi programado, na evolução, para agir daquele modo e não há como interferir em suas “preferências”. Mas o pleito homossexual é pequeno diante das implicações dessa forma de intolerância.

Carlson propõe em seu livro The Gagging of God (O Amordaçar de Deus) que experimentamos uma nova espécie de intolerância. Em sociedades relativamente livres e abertas, a tolerância mais nobre é aquela exercitada para com as pessoas, mesmo quando se discorda de seus pontos de vista. “Essa robusta tolerância para com as pessoas, mesmo quando há forte desacordo às suas idéias, gera uma medida de civilidade no debate público, mesmo quando a discussão é apaixonada.” Para Carlson, o ocidente vive uma tolerância de idéias, não mais de pessoas.
O resultado de se adotar esse novo tipo de tolerância é que há menos discussão dos méritos de idéias conflitantes, e menor civilidade. Há menos discussão porque a tolerância de idéias diversas, exige que evitemos criticar as pessoas por adotarem aquelas idéias.

Assim, a Modernidade vai admitindo excentricidades, loucuras, e comportamentos bizarros. Ninguém tem o direito de dizer nada sobre o comportamento de ninguém. Só há problema quando qualquer idéia tenta provar sua superioridade sobre qualquer outra. Imediatamente, o mundo cai. Exclusividade é intolerável na modernidade, principalmente no campo religioso. A palavra proselitismo (na sua concepção técnica) virou palavrão. Cada um na sua.

Desde que você não se intrometa com o meu estilo de vida. Ninguém precisa mudar, pois todas as opções religiosas, morais, éticas, filosóficas são válidas, não porque sejam verdadeiras, mas porque todas são igualmente questionáveis. Voltaire dizia: “O que é tolerância? É o apanágio da humanidade. Somos todos feitos de fraquezas e erros; perdoemo-nos reciprocamente nossas tolices (grifo meu), é esta a primeira lei da natureza.”

O resultado disso tudo é um mundo cada vez mais inconseqüente quanto à sua ética, cada vez mais secularizado e cada vez mais intolerante para com a fé cristã, que continua com um discurso exclusivista e proselitista.
Saí do programa da MTV dizendo para mim mesmo. “Incrível como os liberais são fundamentalistas na defesa do seus posicionamentos. Intolerantes! Não aceitam,     que seus pontos de vista sejam questionas .

O amor de um Pai

                                   O amor de um Pai

Havia um homem riquíssimo, que possuía muitos bens, uma grande fazenda e vários empregados. Tinha um único filho que não gostava de trabalho nem de compromissos. O que mais apreciava eram as festas, os amigos e ser bajulado por estes amigos. Seu pai sempre o advertia de que seus amigos só estavam ao seu lado por seu dinheiro, mas ele não dava atenção.
Um dia, o velho pai, já avançado na idade, disse aos seus empregados que construíssem um pequeno celeiro.
Dentro do celeiro, ele mesmo fez uma forca e uma placa com os dizeres: "Para você nunca mais desprezar as palavras de seu pai."
Mais tarde chamou o filho, levou-o até o celeiro e disse: _Meu filho, já estou velho, e quando eu partir tomará conta de tudo que é meu, e sei qual será seu futuro: Vai deixar a fazenda nas mãos dos empregados e irá gastar todo o dinheiro com seus amigos. Vai vender os animais e os bens para se sustentar e, quando não tiver mais dinheiro, não terá mais amigos.
Nessa hora vai se arrepender amargamente por não ter me ouvido. E foi por isso que construi essa forca para você. Se acontecer o que lhe disse, quero que me prometa que irá se enforcar nela.
O jovem riu, achou aquilo um absurdo, mas para não contrariar o pai, fez-lhe a promessa, pensando que aquilo jamais aconteceria. O tempo passou, o pai morreu e o filho tomou conta de tudo, mas assim como o pai havia previsto, o jovem gastou toda a herança, perdeu os amigos e a própria dignidade.
Desesperado, começou a refletir sobre sua vida e viu que havia sido um tolo. Lembrou-se do pai e começou a chorar, pensando: _Há, meu pai, se tivesse ouvido seus conselhos... Mas agora é tarde.
Pesaroso, levantou os olhos e avistou o pequeno celeiro. Era a única coisa que lhe restava. Dirigiu-se até lá e, vendo a forca e a placa empoeiradas, meditou: _ Nunca segui as palavras de meu pai, não pude alegrá-lo quando estava vivo, mas, pelo menos dessa vez, vou fazer a vontade dele, cumprindo minha promessa, porque não me resta mais nada.
Então, subindo nos degraus, colocou a corda no pescoço e pensou: _Ah, se eu tivesse nova chance... E pulou. Sentiu por um instante a corda apertar sua garganta, mas o braço da forca era oco e quebrou-se facilmente. O rapaz caiu no chão e sobre ele caíram jóias, esmeraldas, pérolas e diamantes. Um bilhete dizia: _ Essa é sua nova chance. Eu o amo muito. Seu pai.
Esta história serve para inspirar todos que intercedem por aqueles considerados casos perdidos, pois, no final, mesmo o rapaz tendo desistido de viver devido às grandes dificuldades o seu pai lhe proporcionou uma segunda chance, pois nunca desistiu dele.
Portanto, se você já ora há muito tempo por alguém, e às vezes duvida da vitória, não desanime; continue clamando, continue insistindo no seu propósito, porque nosso Deus é amor, por isso ele ouve e atende àqueles que demonstram a sua fé mesmo diante de um quadro aparentemente irreversível.
Tudo isso eu falo porque Deus nunca desiste de seus filhos, portanto também não podemos desistir de quem já desistiu da vida. Se a pessoa não tem mais força para lutar, nos cabe exercer esse papel, orando e acreditando num final vitorioso.
"Ora a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem." (Hebreus 11.1)

A inteligência espiritual

Texto base      Tiago 1.5-8 
              
Você já se arrependeu de alguma atitude, de alguma decisão, de algum comportamento, por não ter tido sabedoria?
Relembre situações em que no final você pensou: Eu precisava ter agido com mais sabedoria, especialmente com mais sabedoria espiritual.
O filósofo Cícero disse que a sabedoria era a princesa das virtudes. De fato nenhum de nós ao ler este desafio de Tiago de pedir sabedoria se exclui desta necessidade.
Todos nós precisamos de sabedoria para a usarmos em várias situações, como por exemplo no casamento, na criação dos filhos, nos estudos, no trabalho, na administração de nossas finanças e muito mais ainda para fazermos bem o  trabalho de Deus.
Tiago transmite a nós uma preocupação de toda a Bíblia, pois esta fala muito de sabedoria. Salomão, o homem mais sábio de todos os tempos, por exemplo, fala desta sabedoria no livro de Provérbios aproximadamente umas 50 vezes. Este tema era para ele muito importante, pois recebera do próprio Deus uma sabedoria singular (2 Cr: 1.11-12).
No entanto esta sabedoria citada por Tiago é distinta da sabedoria do homem. Certamente Tiago não está falando do QI de uma pessoa ou da capacidade de elaborar idéias ou alcançar resultados científicos, ou fazer boas provas, e ser notável entre os homens. Ele está falando de uma inteligência espiritual, que se abre primeiramente para aprender as coisas de Deus, que se deixa transformar pela operação de Deus em sua vida, que o prepara para ser um instrumento nas mãos de Deus, que faz com que o salvo tenha a mente de Cristo, tal qual nos instrui o Apóstolo Paulo:
1 Corintios 2.16:
Pois quem conheceu a mente do Senhor, que o possa instruir? Nós, porém, temos a mente de Cristo.
A sabedoria espiritual consiste em compartilhar da sabedoria divina. Não anulando é claro a capacitação que Deus dá para as coisas seculares. Não nos esqueçamos que Salomão, além de receber de Deus a sabedoria para governar bem o povo de Deus, também a recebeu para um amplo conhecimento (1 Reis 4.29-34).
Mas como você e eu podemos ser mais sábios? Como obtemos de Deus esta graça da inteligência espiritual? O autor nos responde:
I – ORAR
Quando pedimos a Deus algo que Ele nos orienta pedir, ficamos cheios de confiança. Existem causas que não sabemos se é da vontade de Deus, mas outras temos a convicção plena de que Ele quer que oremos, pois estão explícitas em sua Palavra.
Nós podemos pedir sabedoria de Deus na certeza de que Deus quer que a peçamos, pois o texto de Tiago nos diz que “se alguém precisa de sabedoria peça a Deus’.
Neste mesmo sentido o Apóstolo João nos informa que se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, Ele nos ouve (1 João 5.14).
Vejamos que Salomão ao pedir sabedoria agradou muitíssimo a Deus.
2 Crônicas 1.11: Disse Deus a Salomão: Porquanto foi este o desejo do teu coração, e não pediste riquezas, bens ou honras, nem a morte dos que te aborrecem, nem tampouco pediste longevidade, mas sabedoria e conhecimento, para poderes julgar a meu povo, sobre o qual te constituí rei.
Quanto mais demonstramos reverência para com Deus, tanto mais nos tornamos sábios.
PV. 1.7: O temor do SENHOR é o princípio do saber, mas os loucos desprezam a sabedoria e o ensino.
A oração é necessária para a obtenção dessa inteligência espiritual porque envolve a confissão de nossa insuficiência, nossa pequenez, nossa incapacidade de fazer o que Deus espera que façamos. Diante de Deus somos como crianças que nada podem fazer sem a supervisão de seus pais.
O contrário desta oração que pede sabedoria é a arrogância de nossos corações em achar que podemos fazer algo de bom sem a intervenção de Deus.  João 15.5: Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.
Assim, Pense em como Deus deve se alegrar quando um de nós pede sabedoria para servi-lo melhor, para orientar melhor a sua igreja, para conduzir melhor a família, para ser mais abençoados no trabalho, para gerenciar melhor as finanças, para olhar o mundo e as circunstâncias com os olhos de Deus.
Não devemos ter o menor receio em buscar sabedoria. Este é o sentido das palavras de Salomão em PV. 2.3-4:3- e, se clamares por inteligência, e por entendimento alçares a voz, 4- se buscares a sabedoria como a prata e como a tesouros escondidos a procurares.
Também devemos orar para que os outros também tenham a inteligência espiritual. Paulo orou para que os salvos a tivessem:
Ef. 1.17-18: 17- para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele, 18- iluminados os olhos do vosso coração, para saberdes qual é a esperança do seu chamamento, qual a riqueza da glória da sua herança nos santos.
Assim os pais oram para que seus filhos sejam sábios e entendidos; os filhos oram para que seus pais tenham inteligência espiritual; os líderes oram pelo seu rebanho, para que entendam as coisas espirituais e o povo de Deus oram por seus líderes para que sejam inteligentes segundo Deus.
Que a nossa oração seja: Senhor dá-me mais sabedoria e também aos outros.
II- ORAR COM FÉ
O autor sagrado nos alerta: Peça, porém com fé, em nada duvidando (v. 6).
O que não pede com fé não tem convicção de que obterá a resposta. De fato sem fé é impossível agradar a Deus (Hb 11.6).
No entanto não podemos determinar a nós mesmos que tenhamos fé. A fé não pode ser aumentada por nós mesmos. Então o que fazer para obtermos mais desta virtude espiritual?
1- Assim como podemos pedir mais sabedoria também podemos pedir que Deus aumente a nossa fé, como fizeram os discípulos:
Lucas 17.5: Então, disseram os apóstolos ao Senhor: Aumenta-nos a fé.
2- A nossa fé é aumentada quando ouvimos a Pregação da Palavra, pois a fé vem pelo ouvir a pregação da Palavra de Deus. Assim quanto mais ouvimos e lemos a Palavra tanto mais a nossa fé aumentará.
Romanos 10.17: E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo.
3- A nossa fé também pode aumentar quando convivemos e ouvimos pessoas de fé. Talvez seja este o sentido da frase: de fé em fé, quando Paulo diz que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé (Rm 1.17).
Vejamos que a fé de Timóteo habitou primeiramente em sua vó e em sua mãe:
2 Tm 1.5:Pela recordação que guardo de tua fé sem fingimento, a mesma que, primeiramente, habitou em tua avó Lóide e em tua mãe Eunice, e estou certo de que também, em ti.
Vale à pena ressaltar que não é qualquer tipo de fé. A fé bíblica tem um referencial. É fé em Deus e não em mim e na minha fé. Não é fé na fé, é fé em Deus.
Assim recebemos a sabedoria pela fé, pela convicção de que Deus a aumentará, bem como também a nossa própria fé. Se precisarmos de sabedoria a pedimos a Deus, mas para alcançá-la é preciso pedir com fé. Então pedimos que Deus aumente a nossa fé para que oremos e confiemos que receberemos dela a sabedoria.
Deus sabe que a nossa fé é pequena e Ele mesmo pode aumentá-la.
III- ORAR COM FÉ E CONSTÂNCIA
Tiago está nos chamando à atenção para os que não são perseverantes em suas decisões.
Ele tem conhecimento que as coisas espirituais não podem ser feitas de maneira relapsa e relaxadamente:
Jeremias 48.10: Maldito aquele que fizer a obra do SENHOR relaxadamente! Maldito aquele que retém a sua espada do sangue!
Encontramos nos que são de Deus sempre uma determinação por fazer o melhor para Ele:
Jéu chamou o povo para ver o seu zelo pelas coisas de Deus:
2 Reis 10.16:E lhe disse: Vem comigo e verás o meu zelo para com o SENHOR. E, assim, Jeú o levou no seu carro.
Daniel resolveu firmemente em seu coração não se contaminar iguarias do Rei:
Daniel 1.8: Resolveu Daniel, firmemente, não contaminar-se com as finas iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia; então, pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não contaminar-se.
Paulo estava disposto a morrer pela causa do Senhor.
Atos 21.13: Então, ele respondeu: Que fazeis chorando e quebrantando-me o coração? Pois estou pronto não só para ser preso, mas até para morrer em Jerusalém pelo nome do Senhor Jesus.
O nosso Senhor Jesus nunca voltou atrás no seu plano de salvar-nos. Ele tinha a intrépida resolução de ir e morrer em Jerusalém:
Lc 9.51: E aconteceu que, ao se completarem os dias em que devia ele ser assunto ao céu, manifestou, no semblante, a intrépida resolução de ir para Jerusalém.
Assim não há vitória espiritual para os de ânimo dobre, para os que se dividem os que se deixam dobrar em seus compromissos espirituais, em sua dedicação a Deus.
Tiago diz que não é diferente em relação à sabedoria. Os que dela necessitam precisam ser perseverantes, e buscá-la até alcançá-la. Este é o sentido de PV: 2.3-4: e, se clamares por inteligência, e por entendimento alçares a voz, se buscares a sabedoria como a prata e como a tesouros escondidos a procurares.
Se nos falta à inteligência espiritual devemos ser constantes, determinados em buscá-la como a um tesouro. Ninguém acha um tesouro na superfície da terra. É preciso cavar e cavar até encontrar. Penso que este é o sentido das palavras de Jesus que nos manda insistir com Deus em oração: Lucas 11.9-10.
CONCLUSÃO
Somos chamados neste texto a ver nossa incapacidade, nossa fragilidade, nossa insignificância e a clamar por sabedoria, por inteligência espiritual. Somos desafiados a orar com fé, com persistência, como se nada pudéssemos fazer sem esta graça de Deus em nós.
Não devemos nos esquecer, no entanto, que ao pedirmos sabedoria espiritual estamos nos unindo mais ao Senhor Jesus e estamos o glorificando com nossas vidas, pois conforme nos informa o Apóstolo Paulo, em última instância, Jesus é a verdadeira sabedoria de Deus:
1 Corintios 1.30:Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou, da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção,
Assim quando nos abrimos para a sabedoria de Deu, para a inteligência espiritual, estamos nos abrindo para o senhorio de Jesus em nós e estamos nele nos gloriando.
De fato o verdadeiro motivo para nos gloriarmos é o de conhecermos mais a Deus na pessoa do nosso Senhor Jesus Cristo. Este é o sentido messiânico de Provérbios 8 que aponta para Jesus como a verdadeira sabedoria .
Os que buscam a sabedoria de Deus, os que a alcançam e os que se utilizam da sabedoria espiritual, apontam para o Senhor Jesus e o glorificam, pois Ele é a sabedoria de Deus.
Esta sabedoria espiritual Deus dá liberalmente, sem reservas, sem qualquer impedimento. Esta sabedoria de Deus pode se derramar em nossas mentes quando oramos, quando oramos com fé, quando oramos com fé e constantemente.
Não faça mais nada, não tome mais nenhuma decisão, sem orar e pedir que Deus dê a você uma porção de sabedoria, de inteligência espiritual. Se há um pedido que devemos fazer para os que amamos é que eles sejam sábios espiritualmente.
Assim os irmãos verão o quanto é bom agir no poder de Deus, na graça de Deus, na dependência de Deus e na sabedoria de Deus.

sábado, 14 de janeiro de 2012

95 TESES PARA A IGREJA DE HOJE















1 - Reafirmamos a supremacia das Escrituras Sagradas sobre quaisquer visões, sonhos ou novas revelações que possam aparecer. (Mc 13.31)


2 - Entendemos que todas as doutrinas, idéias, projetos ou ministérios devem passar pelo crivo da Palavra de Deus, levando-se em conta sua total revelação em Cristo e no Novo Testamento do Seu sangue. (Hb 1.1-2)


3 - Repudiamos toda e qualquer tentativa de utilização do texto sagrado visando a manipulação e domínio do povo que, sinceramente, deseja seguir a Deus. (2 Pe 1.20)


4 - Cremos que a Bíblia é a Palavra de Deus e que contém TODA a revelação que Deus julgou necessária para todos os povos, em todos os tempos, não necessitando de revelações posteriores, sejam essas revelações trazidas por anjos, profetas ou quaisquer outras pessoas. (2 Tm 3.16)


5 - Que o ensino coerente das Escrituras volte a ocupar lugar de honra em nossas igrejas. Que haja integridade e fidelidade no conhecimento da Palavra tanto por parte daqueles que a estudam como, principalmente, por parte daqueles que a ensinam. (Rm 12.7; 2 Tm 2.15)


6 - Que princípios relevantes da Palavra de Deus sejam reafirmados sempre: a soberania de Deus, a suficiência da graça, o sacrifício perfeito de Cristo e Sua divindade, o fim do peso da lei, a revelação plena das Escrituras na pessoa de Cristo, etc. (At 2.42)


7 - Cremos que o mundo jaz no maligno, conforme nos garantem as Escrituras, não significando, porém, que Satanás domine este mundo, pois "do Senhor é a Terra e sua Plenitude, o mundo e os que nele habitam". (1 Jo 5.19; Sl 24.1)


8 - Cremos que a vitória de Jesus sobre Satanás foi efetivada na cruz, onde Cristo "expôs publicamente os principados e potestades à vergonha, triunfando sobre eles" e que essa vitória teve como prova final a ressurreição, onde o último trunfo do diabo, a saber, a morte, também foi vencido. (Cl 2.15; 1 Co 15.20-26)


9 - Acreditamos que o cristão verdadeiro, uma vez liberto do império das trevas e trazido para o Reino do Filho do amor de Deus, conhecendo a verdade e liberto por ela, não necessita de sessões contínuas de libertação, pois isso seria uma afronta à Cruz de Cristo. (Cl 1.13; Jo 8.32,36)


10 - Cremos que o diabo existe, como ser espiritual, mas que está subjugado pelo poder da cruz de Cristo, onde ele, o diabo, foi vencido. Portanto, não há a necessidade de se "amarrar" todo o mal antes dos cultos, até porque o grande Vencedor se faz presente. (1 Co 15.57; Mt 18.20)


11 - Declaramos que nós, cristãos, estamos sujeitos à doenças, males físicos, problemas relativos à saúde, e que não há nenhuma obrigação da parte de Deus em curar-nos, e que isso de forma alguma altera o seu caráter de Pai amoroso e Deus fiel. (Jo 16.33; 1 Tm 5.23)


12 - Entendemos que a prosperidade financeira pode ser uma benção na vida de um cristão, mas que isso não é uma regra. Deus não tem nenhum compromisso de enriquecer e fazer prosperar um cristão. (Fp 4.10-12)


13 - Reconhecemos que somos peregrinos nesta terra. Não temos, portanto, ambições materiais de conquistar esta terra, pois "nossa pátria está nos céus, de onde aguardamos a vinda do nosso salvador, Jesus Cristo". (1 Pe 2.11)


14 - Nossas petições devem sempre sujeitar-se à vontade de Deus. "Determinar", "reivindicar", "ordenar" e outros verbos autoritários não encontram eco nas Escrituras Sagradas. (Lc 22.42)


15 - Afirmamos que a frase "Pare de sofrer", exposta em muitas igrejas, não reflete a verdade bíblica. Em toda a Palavra de Deus fica clara a idéia de que o cristão passa por sofrimentos, às vezes cruéis, mas ele nunca está sozinho em seu sofrer. (Rm 8.35-37)


16 - Reafirmamos que, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, sendo os mesmos livres de quaisquer maldições passadas, conhecidas ou não, pelo poder da cruz e do sangue de Cristo, que nos livra de todo o pecado e encerra em si mesmo toda a maldição que antes estava sobre nós. (Rm 8.1)


17 - Entendemos que a natureza criada participa das dores, angústias e conseqüências da queda do homem, e que aguarda com ardente expectativa a manifestação dos filhos de Deus. O que não significa que nós, cristãos, tenhamos que ser negligentes com a natureza e o meio-ambiente, uma vez que Deus não apenas criou tudo, mas também "viu que era bom" (Rm 8.19-23; Gn 1.31)


18 - Reconhecemos a suficiência e plenitude da graça de Cristo, não necessitando assim, de quaisquer sacrifícios ou barganhas para se alcançar a salvação e favores de Deus. (Ef 2.8-9)


19 - Reconhecemos também a suficiência da graça em TODOS os aspectos da vida cristã, dizendo com isso que não há nada que possamos fazer para "merecermos" a atenção de Deus. (Rm 3.23; 2 Co 12.9)


20 - Que nossos cultos sejam mais revestidos de elementos de nossa cultura. Que a brasilidade latente em nossas veias também sirva como elemento de adoração e liturgia ao nosso Deus. (1 Co 7.20)


21 - Que entendamos que vivemos num "país tropical, abençoado por Deus, e bonito por natureza". Portanto, que não seja mais "obrigatório" aos pastores e líderes o uso de trajes mais adequados ao clima frio ou extremamente formais. Que celebremos nossa tropicalidade com graça e alegria diante de Deus e dos homens. (1 Co 9.19-23)


22 - Que nossa liturgia seja leve, alegre, espontânea, vibrante, como é o povo brasileiro. Que haja brilho nos olhos daqueles que se reúnem para adorar e ouvir da Palavra e que Deus se alegre de nosso modo brasileiro de cultuá-LO. (Salmo 100)


23 - Que as igrejas entendam que Deus pode ser adorado em qualquer ritmo, e que a igreja brasileira seja despertada para a riqueza dos vários sons e ritmos brasileiros e entenda que Deus pode ser louvado através de um coração puro que entenda que adoração é uma atitude de gratidão.. Da mesma forma, rejeitamos o preconceito, na verdade um racismo velado, contra instrumentos e danças de origem africana, como se estes, por si só, fossem intrinsecamente ligados a alguma forma de feitiçaria. (Sl 150)


24 - Que retornemos ao princípio bíblico, vivido pela igreja chamada primitiva, de que "ninguém considerava exclusivamente sua nem uma das coisas que possuía; tudo, porém, lhes era comum." (At 4.32)


25 - Que não condenemos nenhum irmão por ter caído em pecado, ou por seu passado. Antes, seguindo a Palavra, corrijamos a ovelha ferida com espírito de brandura, guardando-nos para que não sejamos também tentados. O que não significa, por outro lado, conivência com o pecado praticado de forma contumaz .(Gl 6.1; 1 Co 5)


26 - Que ninguém seja culpado por duvidar de algo. Que haja espaço em nosso meio para dúvidas e questionamentos. Que ninguém seja recriminado por "falta de fé". Que haja maturidade para acolher o fraco e sabedoria para ensiná-lo na Palavra. A fé vem pelo ouvir, e o ouvir da Palavra de Deus. (Rm 14.1; Rm 10.17)


27 - Que a igreja reconheça que são as portas do inferno que não prevalecerão contra ela e não a igreja que tem que se defender do "exército inimigo". Que essa consciência nos leve à prática da fé e do amor, e que isso carregue consigo o avançar do Reino de Deus sobre a terra. (Mt 16.18)


28 - Cremos na plena ação do Espírito Santo, mas reconhecemos que em muitas situações e igrejas, há enganos em torno do ensino sobre dons e abusos em suas manifestações. (Hb 13.8; 1 Co 12.1)


29 - Que nossas estatísticas sejam mais realistas e não utilizadas para, mentindo, "disputarmos" quais são as maiores igrejas; o Reino é bem maior que essas futilidades. (Lc 22.24-26)


30 - Que os neófitos sejam tratados com carinho, ensinados no caminho, e não expostos aos púlpitos e à "fama" antes de estarem amadurecidos na fé, para que não se ensoberbeçam e caiam nas ciladas do diabo. (1 Tm 3.6)


31 - Que saibamos valorizar a nossa história, certos de que homens e mulheres deram suas vidas para que o Evangelho chegasse até nós. (Hb 12.1-2)


32 - Que sejamos conhecidos não por nossas roupas ou por nossos jargões lingüísticos, mas por nossa ética e amor para com todos os homens, refletindo assim, a luz de Cristo para todos os povos. (Mt 5.16)


33 - Que arda sempre em nosso peito o desejo de ver Cristo conhecido em todas as culturas, raças, tribos, línguas e nações. Que missões seja algo sempre inerente ao próprio ser do cristão, obedecendo assim à grande comissão que Jesus nos outorgou. (Mt 28.18-20)


34 - Reconhecemos que muitas igrejas chamam de pecado aquilo que a Bíblia nunca chamou de pecado. (Lc 11.46)


35 - A participação de cristãos e pastores em entidades e sociedades secretas é perniciosa e degradante para a simplicidade e pureza do evangelho. Não entendemos como líderes que dizem servir ao Deus vivo sujeitam-se à juramentos que vão de encontro à Palavra de Deus, colocando-se em comunhão espiritual com não cristãos declarando-se irmãos, aceitando outros deuses como verdadeiros. (Lv 5.4-6,10; Ef 5.11-12; 2 Co 6.14)


36 - Rejeitamos a idéia do messianismo político, que afirma que o Brasil só será transformado quando um "justo" (que na linguagem das igrejas significa um membro de igreja evangélica) dominar sobre esta terra. O papel de transformação da sociedade, pelos princípios cristãos, cabe à Igreja e não ao Estado. O Reino de Deus não é deste mundo, e lamentamos a manipulação e ambição de alguns líderes evangélicos pelo poder terreal. (Jo 18.36)


37 - Que os púlpitos não sejam transformados em palanques eleitorais em épocas de eleição. Que nenhum pastor induza o seu rebanho a votar neste ou naquele candidato por ser de sua preferência ou interesse pessoal. Que haja liberdade de pensamento e ideologia política entre o rebanho. (Gl 1.10)


38 - Que as igrejas recusem ajuda financeira ou estrutural de políticos em épocas de campanha política a fim de zelarem pela coerência e liberdade do Evangelho. (Ez 13.19)


39 - Que os membros das igrejas cobrem esta atitude honrada de seus líderes. Caso contrário, rejeitem a recomendação perniciosa de sua liderança. (Gl 2.11)


40 - Negamos, veementemente, no âmbito político, qualquer entidade que se diga porta-voz dos evangélicos. Nós, cristãos evangélicos, somos livres em nossas ideologias políticas, não tendo nenhuma obrigação com qualquer partido político ou organização que se passe por nossos representantes. (Mt 22.21)


41 - O versículo bíblico "Feliz a nação cujo Deus é o Senhor" não deve ser interpretado sob olhares políticos como "Feliz a nação cujo presidente é evangélico" e nem utilizado para favorecer candidatos que se arroguem como cristãos. (Sl 144.15)


42 - Repugnamos veementemente os chamados "showmícios" com artistas evangélicos. Entendemos ser uma afronta ao verdadeiro sentido do louvor a participação desses músicos entoando hinos de "louvor a Deus" para angariarem votos para seus candidatos. (Ex 20.7)


43 - Cremos que o Reino também se manifesta na Igreja, mas é maior que ela. Deus não está preso às paredes de uma religião. O Espírito de Deus tem total liberdade para se manifestar onde quiser, independente de nossas vontades. (At 7.48-49)


44 - Nenhum pastor, bispo ou apóstolo (ou qualquer denominação que se dê ao líder da igreja local) é inquestionável. Tudo deve ser conferido conforme as Escrituras. Nenhum homem possui a "patente" de Deus para as suas próprias palavras. Portanto, estamos livres para, com base nas Escrituras, questionarmos qualquer palavra que não esteja de acordo com as mesmas. (At 17.11)


45 - Ninguém deve ser julgado por sua roupa, maquiagem ou estilo. As opiniões pessoais de pastores e líderes quanto ao vestuário e estilo pessoal não devem ser tomadas como Palavras de Deus e são passíveis de questionamentos. Mas que essa liberdade pessoal seja exercida como servos de Cristo, com sabedoria e equilíbrio. (Rm 14.22)


46 - Que nenhum pastor, bispo ou apóstolo se utilize do versículo bíblico "não toqueis no meu ungido", retirando-o do contexto, para tornarem-se inquestionáveis e isentos de responsabilidade por aquilo que falam e fazem no comando de suas igrejas. (Ez 34.2; 1 Cr 16.22)


47 - Que ninguém seja ameaçado por seus líderes de "perder a salvação" por questionarem seus métodos, palavras e interpretações. Que essas pessoas descansem na graça de Deus, cientes de que, uma vez salvas pela graça estão guardadas sob a égide do sangue do cordeiro, de cujas mãos, conforme Ele mesmo nos afirma, nenhuma ovelha escapará. (Jo 10.28-29)


48 - Que estejamos cada vez mais certos de que Deus não habita em templos feitos por mãos de homens. Que a febre de erguermos "palácios" para Deus dê lugar à simplicidade e humildade do bebê que nasce na manjedoura, e nem por isso, deixa de ser Rei do Universo. (At 7.48-50)


49 - Que nenhum movimento, modelo, ou "pacote" eclesiástico seja aceito como o ÚNICO vindo de Deus, e nem recebido como a "solução" para o crescimento da igreja. Cremos que é Deus quem dá o crescimento natural a uma igreja que se coloca sob Sua Palavra e autoridade. (At 2.47; 1 Co 3.6)


50 - Que nenhum grupo religioso julgue-se superior a outro pelo NÚMERO de pessoas que aderem ao seu "mover". Nem sempre crescimento numérico representa crescimento sadio. (Gl 6.3)


51 - Que a idolatria evangélica para com pastores, apóstolos, bispos, cantores, seja banida de nosso meio como um câncer é extirpado para haver cura do corpo. Que a existência de fã-clubes e a "tietagem" evangélica sejam vistos como uma afronta e como tentativa de se dividir a glória de Deus com outras pessoas. (Is 42.8; At 10.25-26)


52 - Reafirmamos que o véu, que fazia separação entre o povo e o lugar santo, foi rasgado de alto a baixo quando da morte de Cristo. TODO cristão tem livre acesso a Deus pelo sangue de Cristo, não necessitando da mediação de quem quer que seja. (Hb 4.16; 2 Tm 2.15)


53 - Que os pastores, bispos e apóstolos arrependam-se de utilizarem-se de argumentos fúteis para justificarem suas vidas regaladas. Carro importado do ano, casa nova e prosperidade financeira não devem servir de parâmetros para saber se um ministério é ou não abençoado. Que todos nós aprendamos mais da simplicidade de Cristo. (Mt 8.20)


54 - Não reconhecemos a autoridade de bispos, apóstolos e líderes que profetizam a respeito de datas para a volta de Cristo. Ninguém tem autoridade para falar, em nome de Deus, sobre este assunto. (Mc 13.32)


55 - "O profeta que tiver um sonho, conte-o como sonho. Mas aquele a quem for dado a Palavra de Deus, que pregue a Palavra de Deus." Que sejamos sábios para não misturar as coisas. E as profecias, ainda que não devam ser desprezadas, devem ser julgadas, retendo o que é bom e descartando toda forma de mal. (Jr 23.28; 1 Ts 5.20-22)


56 - Que o ministério pastoral seja reconhecidamente um dom, e não um título a ser perseguido. Que aqueles que exercem o ministério, sejam homens ou mulheres, o exerçam segundo suas forças, com todo o seu coração e entendimento, buscando sempre servir a Deus e aos homens, sendo realmente ministros de Deus. (1 Tm 3.1; Rm 12.7)


57 - Que os cânticos e hinos sejam mais centralizados na pessoa de Deus no que na primeira pessoa do singular (EU). (Jo 3.30)


58 - Que ninguém seja obrigado a levantar as mãos, fechar os olhos, dizer alguma coisa para o irmão do lado, pular, dançar... mas que haja liberdade no louvor tanto para fazer essas coisas como para não fazer. E que ninguém seja julgado por isso. (2 Co 3.17)


59 - Que as nossas crianças vivam como crianças e não sejam obrigadas a se tornarem como nós, adultos, violentando a sua infância e fazendo com que se tornem "estrelas" do evangelho ou mesmo "produtos" a serem utilizados por aduladores e pastores que visam, antes de tudo, lotarem seus templos com "atrações" curiosas, como "a menor pregadora do mundo", etc... (Lc 18.16; 1 Tm 3.6)


60 - Que as "Marchas para Jesus" sejam realmente para Jesus, e não para promover igrejas que estão sob suspeita e líderes questionáveis. Muito menos para promover políticos e aproveitadores desses mega-eventos evangélicos. (1 Co 10.31)


61 - Nenhuma igreja ou instituição se julgue detentora da salvação. Cristo está acima de toda religião e de toda instituição religiosa. O Espírito é livre e sopra onde quer. Até mesmo fora dos arraiais "cristãos". (At 4.12; Jo 3.8)


62 - Que as livrarias ditas "cristãs" sejam realmente cristãs e não ajudem a proliferar literaturas que deturpam a palavra de Deus e que valorizam mais a experiência de algumas pessoas do que o verdadeiro ensino da Palavra. (Mq 3.11; Gl 1.8-9)


63 - Cremos que "declarações mágicas" como "O Brasil é do Senhor Jesus" e outras equivalentes não surtem efeito algum nas regiões celestiais e servem como fator alienante e fuga das responsabilidades sociais e evangelísticas realmente eficazes na propagação do Evangelho. (Tg 2.15-16)


64 - Consideramos uma afronta ao Evangelho as novas unções como "unção dos 4 seres viventes", "unção do riso", etc... pois além de não possuírem NENHUM respaldo bíblico ainda expõem as pessoas a situações degradantes e constrangedoras. (2 Tm 4.1-4)


65 - Cremos, firmemente, que todo cristão genuíno, nascido de novo, já possui a unção que vem de Deus, não necessitando de "novas unções". (1 Jo 2.20,27)


66 - Lamentamos a transformação do culto público a Deus em momentos de puro entretenimento "gospel", com a presença de animadores de auditório e pastores que, vazios da Palavra, enchem o povo de bobagens e frases de efeito que nada tem a ver com a simplicidade e profundidade do Evangelho de Cristo. (Rm 12.1-2)


67 - É necessário uma leitura equilibrada do livro de Cantares de Salomão. A poesia, muitas vezes erótica e sensual do livro tem sido de forma abusiva e descontextualizada atribuída a Cristo e à igreja. (Ct 1.1)


68 - Não consideramos qualquer instrumento, seja de que origem for, mais santo que outros. Instrumentos judaicos, como o shophar, não têm poderes sobrenaturais e nem são os instrumentos "preferidos" de Deus. Muitas igrejas têm feito do shophar "O" instrumento, dizendo que é ordem de Deus que se toque o shophar para convocar o povo à guerra. Repugnamos essa idéia e reafirmamos a soberania de Deus sobre todos os instrumentos musicais. (Sl 150)


69 - Rejeitamos a idéia de que Deus tem levantado o Brasil como o novo "Israel" para abençoar todos os povos. Essa idéia surge de mentes centralizadoras e corações desejosos de serem o centro da voz de Deus na Terra. O SENHOR reina sobre toda a Terra e ama a todos os povos com Seu grande amor incondicional. (Jo 3.16)


70 - Lamentamos o estímulo e o uso de "amuletos" cristãos como "água do rio Jordão", "areia de Israel" e outros que transformam a fé cristã numa fé animista e necessitada de "catalisadores" do poder de Deus. (Hb 11.1)


71 - Que o profeta que "profetizar" algo e isso não se cumprir, seja reconhecido como falso profeta, segundo as Escrituras. (Ez 13.9; Dt 18.22)


72 - Rejeitamos as músicas que consistem de repetições infindáveis, a fim de levar o povo ao êxtase induzido, fragilizando a mente de receber a Palavra e prestar a Deus culto racional, conforme as Escrituras. (Rm 12.1-2; 1 Co 14.15)


73 - Deixemos de lado a busca desenfreada de títulos e funções do Antigo Testamento, como levitas, gaditas, etc... Tudo se fez novo em Cristo Jesus, onde TODOS nós fomos feitos geração eleita, sacerdócio real, nação santa e povo adquirido. Da mesma forma, rejeitamos a sacralização da cultura judaica, como se esta fosse mais santa que a brasileira ou do que qualquer outra. Que então os ministros e dirigentes de música sejam simplesmente ministros e dirigentes de música, exercendo talentos e dons que Deus livremente distribuiu em Sua igreja, não criando uma "classe superior" de "levitas", até porque os mesmos já não existem entre nós. (Rm 12.3-5; 1 Pe 2.9)


74 - Que se entenda que tijolos são apenas tijolos, paredes são apenas paredes e prédios são apenas prédios. Que os termos "Casa do Senhor" e "Templo" sejam utilizados somente para fazer menção a pessoas, e nunca a lugares. Que nossos palcos não sejam erroneamente chamados de "altares", uma vez que deles não emana nenhum "poder" ou "unção" especial. (At 17:24, I Cor 6-19)


75 - Que haja consciência sobre aquilo que se canta. Que sejamos fiéis à Palavra quando diz "cantarei com o meu espírito, mas também cantarei com meu entendimento". (1 Co 14.15)


76 - Não consideramos que "há poder em nossas palavras" como querem os adeptos dessa teologia da "confissão positiva". Deus não está sujeito ao que falamos e não serão nossas palavras capazes de trazer maldição ou benção sobre quem quer que seja, se essa não for, antes de tudo, a vontade expressa de Deus através de nossas bocas. (Gl 1.6-7)


77 - Rejeitamos a onda de "atos proféticos" que, sem base e autoridade nas Escrituras, confundem e desvirtuam o sentido da Palavra, ainda comprometendo seriamente a sanidade e a coerência das pessoas envolvidas. (Mt 7.22-23)


78 - Apresentar uma noiva pura e gloriosa, adequadamente vestida para o seu noivo, não consiste em "restaurar a adoração" ou apresentar a Deus uma falsa santidade, mas em fazer as obras que Jesus fez - cuidar dos enfermos e quebrantados de coração, pregar o evangelho aos humildes, e viver a cada respirar a vontade de Deus revelada na Sua palavra - deixando para trás o pecado, deixando para trás o velho homem, e nos revestindo no novo (Tg 1.27)


79 - Discordamos dos "restauradores das coisas perdidas" por não perceberem a mão de Deus na história, sempre mantendo um remanescente fiel à Palavra e ao Testemunho. Dizer que Deus está "restaurando a adoração", "restaurando o ministério profético", etc... é desprezar o sangue dos mártires, o testemunho dos fiéis e a adoração prestada a Deus durante todos esses séculos. (Hb 12.1-2)


80 - Lamentamos a transformação da fé cristã em shows e mega-eventos que somos obrigados a assistir nas TVs, onde a figura humana e as ênfases nos "milagres" e produtos da fé sobrepujam as Escrituras e a pregação sadia da Palavra de Deus. (Jo 3.30)


81 - Deus não nos chamou para sermos "leões que rugem", mas fomos considerados como ovelhas levadas ao matadouro, por amor a Deus. Mas ainda assim, somos mais que vencedores por Aquele que nos amou. (Lc 10.3; Rm 8.36)


82 - Entendemos como abusivas as cobranças de "cachês" para "testemunhos". Que fique bem claro que aquilo que é recebido de graça, deve ser dado de graça, pois nos cabe a obrigação de pregar o evangelho. (Mt 10.8)


83 - Que movimentos como "dança profética", "louvor profético" e outros "moveres proféticos" sejam analisados sinceramente segundo as Escrituras e, por conseqüência, deixados de lado pelo povo que se chama pelo nome do Senhor. (2 Tm 4.3-4)


84 - Que a cruz de Cristo, e não o seu trono, seja o centro de nossa pregação! (1 Co 2.2)


85 - Reafirmamos que, quaisquer que sejam as ofertas e dízimos, que sejam entregues por pura gratidão, e com alegria. Que nunca sejam dados por obrigação e nem entregues como troca de bênçãos para com Deus. Muito menos sejam dados como fruto do medo do castigo de Deus ou de seus líderes. Deus ama ao que dá com alegria! (2 Co 9.7)


86 - Que a igreja volte-se para os problemas sociais à sua volta, reconheça sua passividade e volte à prática das boas obras, não como fator para a salvação, mas como reflexo da graça que se manifesta de forma visível e encarnada. "Pois tive fome... e me destes de comer..." (Mt 25.31-46; Tg 2.14-18; Tg 1.27)


87 - Cremos, conforme a Palavra que há UM SÓ MEDIADOR entre Deus e os homens - Jesus Cristo. Nenhuma igreja local, ou seu líder, podem arrogar para si o direito de mediar a comunhão dos homens e Deus. (1 Tm 2.5)


88 - Lamentamos o comércio que em que se transformou a música evangélica brasileira. Infelizmente impera, por exemplo, a "máfia" das rádios evangélicas, que só tocam os artistas de suas respectivas gravadoras, alienam o nosso povo através da massificação dos "louvores" comerciais, e não dão espaço para tanta gente boa que há em nosso meio, com compromisso de qualidade musical e conteúdo poético, lingüístico e, principalmente, bíblico. (Mc 11.15-17)


89 - Que os pastores ajudem a diminuir a indústria de testemunhos e a "máfia" das gravadoras evangélicas. Que valorizem a simples pregação da Palavra ao invés do espetáculo "gospel" a fim de terem igrejas "lotadas" para ouvirem as "atrações" da fé. Da mesma forma, rejeitamos o triunfalismo e o ufanismo no qual se transformou a música evangélica atual, que só fala em 'vitória', 'poder' e 'unção' mas se esqueceu de coisas muito mais fundamentais como 'graça', 'misericórdia' e 'perdão'. (1 Pe 5.2)


90 - Que sejamos livres para "examinarmos tudo e retermos o que é bom" , sem que líderes manipuladores tentem impor seus preconceitos, principalmente na forma de intimidações. Que nenhum líder use o jargão "Deus me falou" como forma de amedrontar qualquer um que ousar questionar suas idéias. (1 Ts 5.21)


91 - Somente as Escrituras. (Jo 14.21;17.17)


92 - Somente a Graça. (Ef 2.8-9)


93 - Somente a Fé. (Rm 1.17)


94 - Somente Cristo. (At 17.28)


95 - Glória somente a Deus (Jd 24-25)


José Barbosa Junior (redator e organizador) - www.crerepensar.com.br